1.21.2013
Portugal pitbull
Há dias, no próprio dia do último atentado do FMI contra Portugal, o
país indignou-se… com a sorte do pitbull que estraçalhou um bebé. E trinta e
tal mil assinaturas de defesa da vida instintiva, que nem de cheques carecas,
surgiram num instante. E depois tentou-se um debate universal e mediatizou-se a
questão dos direitos animais. E quem se desinteressou disto, por indecente e má
figura do tema do cão que morde, não se virou para a velha filosofia do “um
homem é um homem, um cão é um bicho e um país não é uma granja ao abandono e
sem dinheiro para pagar a renda” mas, nos cafés, nas tascas, nos lares e
noutros foros voltou-se de novo para o tema das expulsões da Casa e da
inconveniência de algumas nomeações claramente injustas. Enquanto isto, a
matilha de capatazes leais nem gozava as folgas nem via televisão para defender
com garras e colmilhos as medidas
propostas pelo seu boss FMI. É o FIM.
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